sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Catiele Crochê: Terços em Crochê!

Catiele Crochê: Terços em Crochê

Oi Catiele! Mande-me os preços dos terços, achei-os loindos.

Cristina Pinto

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Série Comossomos

Todo Enfiado
15/10/09

Lady Fofa e Edval não perdem festas. Montados na Jogg Perereca, primeiro veículo adquirido pelo simpático casal, seguiam para o niver de Gafanhoto, sobrinho querido, funcionário de uma FM local. Pra onde quer que o casal vá, acompanha-o o cortejo familiar: o filho Dhem e a esposa Milde, ele segurança de loja Balaio do Povo, a filha Nice, patricinha suburbana, e o esposo Van, vendedor de moveis do CEASA local.
O visu de Lady Fofa é o mais exuberante possível: roupas longas indiany (indiana), sandálias gladiadora, amarradas até a virilha, argolas batendo nos ombros, colares no umbigo, anéis mosquetão, completando um banho de perfume estonteante, enquanto meu amigo Edval contenta-se com sua bermudinha, camiseta regata, sandália Rider, cabelos encaracolados sob a testa.
Ao chegar na festa de Gafanha, as luzes estroboscópicas deixaram o casal alucinado. O bocão de som tocava o quê? Todo enfiado, mais uma das composições inéditas do Grupo de Pagode O Troco! Aí, só deu Lady Fofa! De mãos nos joelhos, rebolava e abaixava, num vai e vem típico de quem entende do traçado, enquanto Edval, num canto, ria e babava pelo canto da boca.
Alegria de pobre não dura, eis que surge na porta Nice, a patricinha, de olhos arregalados. Começou a puxar Lady pelo braço, pois lá fora seu filho Dhem, ciumento, discutia com a mulher, querendo mais atenção da parte dela. Ele ameaçara dar um poca ói em Nice, pois estava bisbilhotando a vida do casal brigão. Foi aí que Lady virou cobra:
- Minha filha, (Todo enfiado), deixa este povo se lascar (todo enfiado)! Eles vão prá casa, (todo enfiado), fazer amor (todo enfiado), nem vão lembrar (todo enfiado), de mim goguenta (todo enfiado), com falta de ar (todo enfiado), tomando nebulização (todo enfiado), em riba da cama (todo enfiado)!
- Tu tá é doida, mãe! Retrucou Nice.
De repente, nova música: Créu, créu, créééééééu!
E Lady Fofa, no rítimo, centrada e calibrada: créééééééééééééú!
Lá fora, o casal, já na paz e no amor, resolvera seus parangolés e a noite prometia...
Lady Fofa alternava todo enfiado com créééééééú, sem perder o compasso, entornava a cervejinha e bradava:
- Quem quiser (todo enfiado) que se dane (todo enfiado)! Já criei os filhos (todo enfiado) agora quero curtir a vida (todo enfiado).
Num canto, Edval observava Lady e respondia: créééééééééééééú.........................