_Pode passar este creme aqui?
_ Onde? responde o companheiro abstracionista.
_ Na Faixa de Gaza... diz ela suspendendo o vestido, no meio da cozinha, em tom de provocação, porém, esperando um gesto grosseiro dele, que enchendo a mão de creme, leva-a até a lombar e...
como sempre, parece mais um peão lavando a anca de uma égua, não bastasse, a mão dele parece uma lixa de parede e a força empregada, faz com que ela oscile prá frente, forçando o joelho, que parece sair faísca de tanta dor.
_ Proooonto! Quase que você me derruba...diz ela.
_ E tu não tem freio não? retruca ele.
Ela desce o vestido, guarda seu sex appeal, sai andando.
O tempo passou e ela, cansada, compreendeu o sentido da frese dita pelo padre:
_ Até que a morte os separe!
Ou seja, ele levará a vida agindo friamente, até que a morte os separe.