sexta-feira, 16 de julho de 2010

CLARA PÁLIDA BY NIRVANA

segunda-feira, 12 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

PROCURO - PARA REVENDA

COSMÉTICOS

ROUPA ÍNTIMA

MODA FEMININA

CAMA MESA BANHO

ACESSÓRIOS FEMININOS IMPORTADOS

Aulas de croché

Na vida, observo as cenas do quotidiano e procuro tirar delas o cômico que há. Estava na nossa casa de praia, na casa ao lado, três coroas faziam croché, junto à mais idosa uma jovem sentada ao chão.
Era um crocheterapia, cada uma delas cozia conforme sua personalidade, podia se perceber de longe, o momento que cada uma vivia.

A mais velha, cozia e deixava a agulha despencar em seu colo, dormindo e crochetando. A jovem sentada ao chão, brincalhona, começava a tossir, a coroa se assustava, suspendia a agulha e recomeçava a cozer. Cochilava novamente... Era um croché sem fim!

A mais tagarela, cozia apertando a linha no dedo indicador, ao ponto de arroxeá-lo, pois falava de problemas mal resolvidos. Era o croché mágoa, roxinho, roxinho!

A viúva saudosa, conformada e romântica, cozia e observava o céu, os pássaros, a ponto de confundir urubu com pássaro preto. Parecia estar cozendo no Jardim do Éden esperando a Carruagem para o paraíso. Era o croché ilusão, típico de pessoas que voam sobre a realidade, difícil de vivê-la.

Na verdade, nenhuma peça foi concluída, era uma terapia igual a todas as outras, não se chega a conclusão nenhuma, o croché ficou cheio de imperfeições, desmancha-se tudo para recomeçar outro dia... enquanto seu lobo não vem.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Em busca de negócios

Atenção empresários e fornecedores:

Moro na cidade de Feira de Santana - Bahia, com 600.000 habitantes, cidade em crescimento comercial e industrial constante, onde há também grandes atividades no setor agroindustrial.
Tenho duas filhas farmacêuticas, Farmácia Clínica Industrial, e com elas gostaria de montar uma Farmácia de Manipulação.

Aguardo contato dos interessados.

domingo, 4 de julho de 2010

Neverland, o Mosquitário

Na Fazenda Neverland, terra do nunquinha, Coronel Esmeraldo e eu, somos sócios proprietários. O Coronel, aprendiz de fazendeiro, dita ordens o dia inteiro. Enquanto isso, não dou trelas, sento-me à varanda, coloco meu Net Andróid em cima da mesa, e faço conexão com o mundo. Vez em quando desvio o olhar e procuro o Coronel, desastrado como só, sempre se estabocando pelo mato adentro à procura de flores e frutos. Olho ao redor, a vegetação é verde e rala, forte é o vento, muge o gado, e vou pensando tediosamente, se aqui eu morasse, desceria as ribanceiras, dando cabriolas para o tempo passar... onde estarão minhas crianças? Como elas me fazem falta! Meus filhos são meus filhos, e filhos e filhas da vida! Como é ruim ficar neste ermo, com este Coronel mandão. Ele agora passa tangendo as galinhas, os saqués e os patos. Deveria encher esta terra de bichos, que nem a Arca de Noé, e criar também perus, porcos, gansos, toda especie doméstica de animais. Nãoooo! Peru, não pode. Porco, não pode. Ganso, não pode. Assim grita o Coronel, como se fosse, o Vice-Deus! Respeito, sim sim meu Senhor. Que se dane Coronel rabugento! Quero meu Android e meus conhecimentos! Mas, fica aquela duvida: que bicho poderei criar em Neverland, que passe despercebido! Já sei! Vou acionar a minha Budinha Caraca. Concentro-me e ela aparece:
_ Ó Budinha Caraca, você que lê meus pensamentos à distância, que animal poderia eu criar em Neverland, que passasse despercebido do Corenel?
_Ó minha amada criatura, sugiro-a que construa um Mosquitário!
_Um Mosquitário, que é isto?
_Um criatório de mosquitos: pequeno espaço, pequenos insetos... O Coronel é tão doca, jamais perceberia a sua criação, e não a importunaria. Você estaria também, colaborando para o bem estar da sociedade, tirando estes intrusos do nosso meio. Medite e verá!
Pensei que a Budinha Caraca estivesse delirando, mais saí com minha lupa à procura dos pernilongos de Neverland.